Estimativa é de que, de 2004 até agora, pelo menos 30 gays, travestis e lésbicas tenham sido vítimas de assassinato no Amazonas.
Em 2011, 13 foram assassinados no Estado.
Manaus - A cada 15 dias um homossexual é morto no Amazonas, segundo dados do de um levantamento realizado pelo Fórum Amazonense LGBT (Lésbias, Gays, Bissexuais e Transexuais), com conclusão prevista para o primeiro semestre de 2012. Só neste ano, 13 homossexuais foram assassinados no Estado, sendo sete em Manaus.
Os casos registrados em 2011 representam 43,33% dos praticados nos últimos sete anos no Estado. A estimativa é de que, de 2004 até agora, pelo menos 30 gays, travestis e lésbicas tenham sido vítimas de assassinato no Amazonas.
De acordo com o coordenador-geral do Fórum, Francisco Nery, depois de Manaus, Parintins é a cidade amazonense mais homofóbica, com nove casos de assassinato, nos últimos sete anos, sendo dois em 2011.
Segundo ele, diferente do que se observa no resto do País, onde a faixa etária de risco está entre 20 e 29 anos, as vítimas amazonenses pertencem à faixa de 30 a 40 anos de idade e a diferentes classes. “O que fazemos é orientar essas pessoas a sempre encontrarem esses parceiros em locais públicos, como praças e parques”, informou.
Mortes por arma branca como faca, tesoura e barra de ferro, são as mais comuns no Amazonas, seguidas de crimes como multilação de membros sexuais e introdução de objetos nas vítimas.
Violência
Para a presidente da Associação da Parada do Orgulho LGBT de Manaus, Bruna Laclose, a quantidade de crimes contra homossexuais registradas no Estado deve ser muito maior, uma vez que muitas vítimas preferem se calar a ser discriminadas no ato da denúncia.
“O homossexual às vezes é agredido ou violentado e, quando vai à delegacia denunciar o crime, é discriminado pelo próprio atendente ou delegado, que não estão preparados para lidar com a diferença”, afirmou.
Em Manaus, ambientes como casas de show, em especial de forró, são, segundo Bruna, os locais preferidos dos agressores. “O desrespeito é tão grande nesses locais que até o homossexual usar o banheiro masculino é encarado como provocação pelos ‘playboys’”, contou.
Outra situação que contribui para o aumento do número de crimes contra os LGBTs, segundo Bruna, é a impunidade aos agressores. “Ainda não vi um caso de assassinato de homossexual em que o criminoso tenha sido condenado. O assassino do Adamor Guedes é um que continua andando por aí livremente”, desabafou.
Francisco Adamor Lima Guedes, 40, foi morto, em Manaus, com uma facada no pescoço, no dia 27 de setembro de 2005, no apartamento dele. Os suspeitos Ronildo Mendes da Silva, 19, Adriano de Souza, 18 e Lineu Pereira Guedes, 24, confessaram a participação no assassinato. Adamor era presidente da Associação de Gays, Lésbicas e Travestis (AGLT).
Este ano, por causa do aumento no número de assassinatos registrados no Amazonas, o tema da 11ª Parada do Ougulho Gay, que acontece no dia 24 de setembro, no Centro de Conversões do Amazonas (Sambódromo), será ‘Diversidade de Cores na Luta Contra a Homofobia’.
Os casos registrados em 2011 representam 43,33% dos praticados nos últimos sete anos no Estado. A estimativa é de que, de 2004 até agora, pelo menos 30 gays, travestis e lésbicas tenham sido vítimas de assassinato no Amazonas.
De acordo com o coordenador-geral do Fórum, Francisco Nery, depois de Manaus, Parintins é a cidade amazonense mais homofóbica, com nove casos de assassinato, nos últimos sete anos, sendo dois em 2011.
Segundo ele, diferente do que se observa no resto do País, onde a faixa etária de risco está entre 20 e 29 anos, as vítimas amazonenses pertencem à faixa de 30 a 40 anos de idade e a diferentes classes. “O que fazemos é orientar essas pessoas a sempre encontrarem esses parceiros em locais públicos, como praças e parques”, informou.
Mortes por arma branca como faca, tesoura e barra de ferro, são as mais comuns no Amazonas, seguidas de crimes como multilação de membros sexuais e introdução de objetos nas vítimas.
Violência
Para a presidente da Associação da Parada do Orgulho LGBT de Manaus, Bruna Laclose, a quantidade de crimes contra homossexuais registradas no Estado deve ser muito maior, uma vez que muitas vítimas preferem se calar a ser discriminadas no ato da denúncia.
“O homossexual às vezes é agredido ou violentado e, quando vai à delegacia denunciar o crime, é discriminado pelo próprio atendente ou delegado, que não estão preparados para lidar com a diferença”, afirmou.
Em Manaus, ambientes como casas de show, em especial de forró, são, segundo Bruna, os locais preferidos dos agressores. “O desrespeito é tão grande nesses locais que até o homossexual usar o banheiro masculino é encarado como provocação pelos ‘playboys’”, contou.
Outra situação que contribui para o aumento do número de crimes contra os LGBTs, segundo Bruna, é a impunidade aos agressores. “Ainda não vi um caso de assassinato de homossexual em que o criminoso tenha sido condenado. O assassino do Adamor Guedes é um que continua andando por aí livremente”, desabafou.
Francisco Adamor Lima Guedes, 40, foi morto, em Manaus, com uma facada no pescoço, no dia 27 de setembro de 2005, no apartamento dele. Os suspeitos Ronildo Mendes da Silva, 19, Adriano de Souza, 18 e Lineu Pereira Guedes, 24, confessaram a participação no assassinato. Adamor era presidente da Associação de Gays, Lésbicas e Travestis (AGLT).
Este ano, por causa do aumento no número de assassinatos registrados no Amazonas, o tema da 11ª Parada do Ougulho Gay, que acontece no dia 24 de setembro, no Centro de Conversões do Amazonas (Sambódromo), será ‘Diversidade de Cores na Luta Contra a Homofobia’.
Por um Brasil Inclusivo e uma Nação mais justa, Davy Rodrigues