Livro "Proibido Amor"



Proibido Amor não é fruto de negativismos, mas da esperança de que um dia poderemos viver em paz, não importando a cor da pele, a raça, o condição social ou orientação sexual. Que os leitores sejam agraciados pela mesma paixão pela vida que tenho em meu coração, e, parafraseando Jesus Cristo: "... que tenham vida em abundância..."


FILME: PROIBIDO AMOR

FILME: PROIBIDO AMOR
AJUDEM A TRANSFORMAR A OBRA "PROIBIDO AMOR" EM FILME. COMENTE SOBRE O LIVRO E INDIQUE O BLOG PARA ESTUDANTES DE CINEMA, ESCOLAS DE CINEMA, CINEASTAS, PRODUTORES ETC. ASSIM, JUNTOS VAMOS LEVAR A MENSAGEM DA INCLUSAO PARA TODO O BRASIL E DAR UM GRANDE PASSO NA FORMACAO DE UMA NOVA MENTALIDADE NO BRASIL.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

MENSAGEM DE ESPERANÇA PARA 2012!


Falando diretamente do MAC, Museu de Arte Contemporânea, na cidade de Niterói, no Rio de Janeiro, Davy Rodrigues envia sua mensagem de esperança a todos os seus amigos, para que o Ano Novo de 2012 seja maravilhoso!

Por um Brasil Inclusivo e uma Nação mais justa, Davy Rodrigues

sábado, 10 de dezembro de 2011

CAMPANHA DA L`ORÉAL MOBILIZA MAIS DE I MILHÃO DE CABELEIREIROS CONTRA A AIDS AO REDOR DO MUNDO!


Até hoje, a forma mais eficiente de se combater a aids é através da prevenção. Pensando nisso, a L’Oréal e a UNESCO lançaram a campanha Cabeleireiros Contra Aids. O objetivo é promover saúde e prevenir a doença por meio de informações, atitudes e mecanismos que possam incentivar e apoiar comportamentos que evitem o risco de contagio, diminuindo o impacto do HIV no mundo.               

A L’Oréal e a UNESCO vêem em Cabeleireiros Contra Aids a oportunidade de criar um programa de educação preventiva que realmente faça a diferença. Neste projeto, o grande interlocutor da mensagem de prevenção e luta contra a aids é o cabeleireiro.

A profissão que eles exercem tem um grande poder de proximidade. É uma ocupação de escuta, de conversa e de atenção. Além disso, o salão em si é um local de encontros, trocas e debates. Tanto os próprios cabeleireiros, quanto seus clientes representam uma população eclética das mais diversas origens e classes sociais. O cabeleireiro é um formador de opinião e sua palavra é sempre ouvida e respeitada por seus clientes.

A campanha disponibiliza aos cabeleireiros materiais de divulgação em seus salões. Isto pode ser feito através de uma solicitação nos cursos técnicos dados pelas marcas L´Oréal Professionnel, Matrix, Kérastase ou Redken.



O Brasil foi escolhido pelo seu reconhecimento mundial como um dos países que desenvolve os melhores programas de tratamento e prevenção contra a aids. Ou seja, nós somos um exemplo para o mundo!

O projeto Cabeleireiros Contra Aids já está presente em 30 países: África do Sul, Argentina, Austrália, Alemanha, Brasil, Bélgica, Canadá, Chile, Colômbia, Coréia do Sul, Dinamarca, Emirados Árabes (UAE), Espanha, EUA, França, Grã-Bretanha, Indonésia, Itália, Japão, Malásia, México, Países Baixos, Polônia, Portugal, Romênia, Rússia, Singapura, Tailândia, Uruguai, Venezuela.

Além disso, mais de 150 academias L’Oréal estão envolvidas ativamente na campanha e cerca de 1 milhão de cabeleireiros no mundo abraçam esta causa.

A ideia é, aos poucos, implantar o programa em todos os países onde a Divisão Profissional do Grupo L’Oréal está presente, transformando os profissionais desses salões em multiplicadores de informação contra aids.

Para participar basta acessar o link: http://www.cabeleireiroscontraaids.com.br/pre_cadastro.aspx


Por um Brasil Inclusivo e uma Nação mais justa, Davy Rodrigues

domingo, 16 de outubro de 2011

LIBERDADE


Talvez alguns de nós estejamos completamente equivocados quanto ao verdadeiro significado da expressão LIBERDADE... Quando saímos de uma jaula pequena e entramos em uma maior NÃO somos livres, apenas temos uma prisão maior, com uma falsa sensação de liberdade que está limitada às suas paredes, aos seus termos.

Sentir-se livre enquanto um igual a você ainda é escravo é mais um exemplo de falsa liberdade. Somos parte de um complexo humano e se um de nós ainda não pode SER, na verdade ninguém é!

Busque um sentido maior de LIBERDADE na sua vida e na de seu "irmão" ao lado.


Por um Brasil Inclusivo e uma Nação mais justa, Davy Rodrigues

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Parada Gay do Rio reúne 1 milhão de pessoas contra homofobia - Fonte: site jornalfloripa.com


A 16º Parada do Orgulho LGBT (sigla para lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) do Rio de Janeiro reuniu neste domingo na praia de Copacabana quase 1 milhão de pessoas para se manifestar contra a homofobia, informaram os organizadores.

Sob o lema "Somos todos iguais perante a paz - Toda forma de violência deve ser crime", a parada percorreu toda a Avenida Atlântica, na orla de Copacabana. A ideia é chamar a atenção das autoridades, já que o aumento de crimes contra a comunidade homossexual tem aumentado no Brasil. Para animar os participantes, esta edição da Parada do Orgulho LGBT contou com 15 "trios elétricos".

Por um Brasil Inclusivo e uma Nação mais justa, Davy Rodrigues

sábado, 17 de setembro de 2011

Um homossexual é morto a cada 15 dias no Amazonas neste ano - FONTE: SITE d24am.com

Estimativa é de que, de 2004 até agora, pelo menos 30 gays, travestis e lésbicas tenham sido vítimas de assassinato no Amazonas.
Em 2011, 13 foram assassinados no Estado.



Manaus - A cada 15 dias um homossexual é morto no Amazonas, segundo dados do de um levantamento realizado pelo Fórum Amazonense LGBT (Lésbias, Gays, Bissexuais e Transexuais), com conclusão prevista para o primeiro semestre de 2012. Só neste ano, 13 homossexuais foram assassinados no Estado, sendo sete em Manaus.

Os casos registrados em 2011 representam 43,33% dos praticados nos últimos sete anos no Estado. A estimativa é de que, de 2004 até agora, pelo menos 30 gays, travestis e lésbicas tenham sido vítimas de assassinato no Amazonas.

De acordo com o coordenador-geral do Fórum, Francisco Nery, depois de Manaus, Parintins é a cidade amazonense mais homofóbica, com nove casos de assassinato, nos últimos sete anos, sendo dois em 2011.

Segundo ele, diferente do que se observa no resto do País, onde a faixa etária de risco está entre 20 e 29 anos, as vítimas amazonenses pertencem à faixa de 30 a 40 anos de idade e a diferentes classes. “O que fazemos é orientar essas pessoas a sempre encontrarem esses parceiros em locais públicos, como praças e parques”, informou.

Mortes por arma branca como faca, tesoura e barra de ferro, são as mais comuns no Amazonas, seguidas de crimes como multilação de membros sexuais e introdução de objetos nas vítimas.
Violência

Para a presidente da Associação da Parada do Orgulho LGBT de Manaus, Bruna Laclose, a quantidade de crimes contra homossexuais registradas no Estado deve ser muito maior, uma vez que muitas vítimas preferem se calar a ser discriminadas no ato da denúncia.
“O homossexual às vezes é agredido ou violentado e, quando vai à delegacia denunciar o crime, é discriminado pelo próprio atendente ou delegado, que não estão preparados para lidar com a diferença”, afirmou.

Em Manaus, ambientes como casas de show, em especial de forró, são, segundo Bruna, os locais preferidos dos agressores. “O desrespeito é tão grande nesses locais que até o homossexual usar o banheiro masculino é encarado como provocação pelos ‘playboys’”, contou.
Outra situação que contribui para o aumento do número de crimes contra os LGBTs, segundo Bruna, é a impunidade aos agressores. “Ainda não vi um caso de assassinato de homossexual em que o criminoso tenha sido condenado. O assassino do Adamor Guedes é um que continua andando por aí livremente”, desabafou.

Francisco Adamor Lima Guedes, 40, foi morto, em Manaus, com uma facada no pescoço, no dia 27 de setembro de 2005, no apartamento dele. Os suspeitos Ronildo Mendes da Silva, 19, Adriano de Souza, 18 e Lineu Pereira Guedes, 24, confessaram a participação no assassinato. Adamor era presidente da Associação de Gays, Lésbicas e Travestis (AGLT).

Este ano, por causa do aumento no número de assassinatos registrados no Amazonas, o tema da 11ª Parada do Ougulho Gay, que acontece no dia 24 de setembro, no Centro de Conversões do Amazonas (Sambódromo), será ‘Diversidade de Cores na Luta Contra a Homofobia’.


Por um Brasil Inclusivo e uma Nação mais justa, Davy Rodrigues

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Intolerância religiosa afeta autoestima e dificulta aprendizagem - FONTE: PORTAL TERRA



Fernando* estava na aula de artes e tinha acabado de terminar uma maquete sobre as pirâmides do Egito. Conversava com os amigos quando foi expulso da sala aos gritos de "demônio" e "filho do capeta". Não tinha desrespeitado a professora nem deixado de fazer alguma tarefa. Seu pecado foi usar colares de contas por debaixo do uniforme, símbolos da sua religião, o candomblé. O fato de o menino, com então 13 anos, manifestar-se abertamente sobre sua crença provocou a ira de uma professora de português que era evangélica. Depois do episódio, ela proibiu Fernando de assistir às suas aulas e orientou outros alunos para que não falassem mais com o colega. O menino, aos poucos, perdeu a vontade de ir à escola. Naquele ano, ele reprovou e teve que mudar de colégio.

Quem conta a história é a mãe de Fernando, Andrea Ramito, que trabalha como caixa em uma loja. Segundo ela, o episódio modificou a personalidade do filho e deixou marcas também na trajetória escolar. "A autoestima ficou muito baixa, ele fez tratamento com psicólogo e queria se matar. Foi lastimável ver um filho sendo agredido verbalmente, fisicamente, sem você poder fazer nada. Mas o maior prejudicado foi ele que ficou muito revoltado e é assim até hoje", diz.

Antes de levar o caso à Justiça, Andréa tentou resolver a situação ainda na escola, mas, segundo ela, a direção foi omissa em relação ao comportamento da professora. A mãe, então, decidiu procurar uma delegacia para registrar um boletim de ocorrência contra a docente. O caso aguarda julgamento no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Se for condenada, o mais provável é que a professora tenha a pena revertida em prestação de serviços à comunidade.

Já a Fundação de Apoio à Escola Técnica do Estado do Rio de Janeiro (Faetec), responsável pela unidade, abriu uma sindicância administrativa para avaliar o ocorrido, mas a investigação ainda não foi concluída. Por essa razão, a professora - que é servidora pública - ainda faz parte do quadro da instituição, "respeitando o amplo direito de defesa das partes envolvidas e o Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado do Rio de Janeiro", segundo nota enviada pelo órgão. A assessoria não informou, entretanto, se ela está trabalhando em sala de aula.

A história do estudante Fernando, atualmente com 16 anos, não é um fato isolado. A pesquisadora Denise Carrera conheceu casos parecidos de intolerância religiosa em escolas de pelo menos três estados - Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo. A investigação será incluída em um relatório sobre educação e racismo no Brasil, ainda em fase de finalização.

"O que a gente observou é que a intolerância religiosa no Brasil se manifesta principalmente contra as pessoas vinculadas às religiões de matriz africana. Dessa forma, a gente entende que o problema está muito ligado ao desafio do enfrentamento do racismo, já que essas religiões historicamente foram demonizadas", explica Denise, ligada à Plataforma de Direitos Humanos, Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais (Dhesca Brasil), que reúne movimentos e organizações da sociedade civil.
Denise e sua equipe visitaram escolas de Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo. Ouviram de famílias, professores e entidades religiosas casos que vão desde humilhação até violência física contra alunos de determinadas religiões. E, muitas vezes, o agressor era um educador ou membro da equipe escolar.
"A gente observa um crescimento do número de professores ligados a determinadas denominações neopentecostais que compreendem que o seu fazer profissional deve ser um desdobramento do seu vínculo religioso. Ou seja, ele pensa o fazer profissional como parte da doutrinação, nessa perspectiva do proselitismo", aponta a pesquisadora.

Alunos que são discriminados dentro da escola, por motivos religiosos, culturais ou sociais, têm o processo de aprendizagem comprometido. "Afeta a construção da autoestima positiva no ambiente escolar e isso mina o processo de aprendizagem porque ele se alimenta da afetividade, da capacidade de se reconhecer como alguém respeitado em um grupo. E, na medida em que você recebe tantos sinais de que sua crença religiosa é negativa e só faz o mal, essa autoafirmação fica muito difícil", acredita Denise.

Para ela, a religião está presente na escola não só na disciplina de ensino religioso. "Há aqueles colégios que rezam o Pai-Nosso na entrada, que param para fazer determinados rituais, cantar músicas religiosas. Criticamos isso no nosso relatório porque entendemos que a escola deve se constituir como um espaço laico que respeite a liberdade religiosa, mas não que propague um determinado credo ou constranja aqueles que não têm vínculo religioso algum", diz.

*o nome foi alterado em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Agência Brasil

Por um Brasil Inclusivo e uma Nação mais justa, Davy Rodrigues

domingo, 14 de agosto de 2011

O SEGREDO PARA A VIDA!


Davy Rodrigues fala sobre a vida e como nossas escolhas podem definir nosso sucesso e fracasso. Citando Neale Donald Walsh, o escritor romancista brasileiro nos leva a pensar sobre o quanto depende de nós o Segredo para a Vida!
         
Por um Brasil Inclusivo e uma Nação mais justa, Davy Rodrigues

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

ENTREVISTA AO SITE "SUBVERTENDO CONVENÇÕES", BY KIKO RIAZE

PESSOAL, SEGUE NA INTEGRA A ENTREVISTA QUE DEI
PRO SITE DO MEU AMIGO KIKO RIAZE (www.kikoriaze.com)

Olá queridos leitores!
Depois de um enorme recesso, estou retomando as entrevistas com os amigos escritores de literatura gay. E não é por falta de nomes, não. Ainda tem muita gente boa se aventurando pelo universo das histórias com temática LGBT que eu quero trazer ao blog para apresentar a vocês. O problema tem sido falta de tempo mesmo. Mas dando um jeitinho aqui, outro ali, eu vou me organizando.
A entrevista de hoje é com o autor carioca Davy Rodrigues, que escreveu o livro Proibido Amor, lançado pela editora Metanóia.


Davy Rodrigues

Davy é bacharel em teologia e estudioso das relações entre a sexualidade humana e as religiões. Seu interesse pelo tema começou a partir dos conflitos que surgiram após a descoberta de sua homossexualidade. Como resultado, Davy Rodrigues resolveu escrever cinco romances que abordam tais conflitos de maneira simples e de fácil compreensão dentro das seguintes religiões: protestantismo, catolicismo, judaísmo, candomblé e espiritismo.

Proibido Amor é o primeiro romance publicado desta coleção e conta a história de amor entre dois jovens de famílias protestantes. Confiram a entrevista. Vem polêmica por aí!

Subvertendo Convenções – De onde surgiu o interesse em estudar as relações entre a sexualidade e as religiões?

Fui nascido e criado em uma família religiosa (Batista) e desde muito cedo tinha em minha mente o conceito oriundo da Igreja de que a homossexualidade era um pecado, um erro, tavez um “demônio”, e nesse contexto eu precisava e devia buscar todas as formas de “libertação” possíveis. Assim, fui para uma Faculdade de Teologia, onde me formei em Bacharel em Teologia e iniciei um Mestrado em Sociologia e Globalização, mas o tranquei. Conheci a mãe do meu filho lá nesse seminário teológico e nos casamos. Vivemos juntos por 6 anos e tivemos um filho. Após uma confissão dolorosa e um processo para o qual precisei do auxílio de uma psicanalista (formidável), as coisas ficaram como deveriam ser, de fato. Hoje sou um homossexual assumido para mim mesmo, minha família, amigos, enfim, vivo em verdade.
O livro saiu, em parte, de minha experiência pessoal, porém trata-se de um romance fictício. O enredo, no entanto, encontra paralelos clássicos no cotidiano. Atualmente, escrevo outras obras que envolvem as questões relativas entre as diversas formas de relações humanas (em toda sua pluralidade) e outras vertentes religiosas, como Catolicismo, Judaísmo, Umbanda e Espiritismo Kardecista.

SC – Depois destes anos de estudo, qual sua percepção em relação à inclusão dos LGBT dentro das igrejas das diversas denominações cristãs? Houve algum avanço?

Tenho visto o surgimento de algo que se poderia chamar de um “crescimento” desse novo movimento eclesiástico. Particularmente eu assumi uma nova postura (totalmente pessoal) quanto à minha visão sobre o Divino. Tenho uma concepção mais ecumênica, aberta, interligada com outros conceitos religiosos e científicos sobre a relação entre o Humano e suas necessidades espirituais. Há hoje alguns grupos que me chamam atenção no Rio de Janeiro: a Comunidade Betel (pertencente à Fraternidade Universal das Igrejas da Comunidade Metropolitana, oriunda dos Estados Unidos – com a qual tenho grande afinidade e frequento há cerca de 5 anos), e a Igreja Cristã Contemporânea. Vejo nessas duas vertentes algumas diferenças clássicas em sua eclesiologia fundamental, como por exemplo o fato da Betel ser uma igreja no estilo Reformado Protestante (como os Presbiterianos e os Batistas, por exemplo) e na segunda, a Contemporânea, vejo algo mais próximo das igrejas do movimento Neo-Pentecostal, evangélico, como a Comunidade Evangélica da Zona Sul ou a Renascer em Cristo (apenas para exemplificar). Ambas apresentam-se bem comprometidas com suas propostas e arrebanham cada uma seu público afim.
Entretanto, fora desse contexto, as igrejas cristãs em geral ainda apresentam-se bem resistentes ao tema, com raríssimas excessões (como os Presbiterianos Unidos do Brasil e os Batistas Nacionais, bem como alguns movimentos Inclusivos nos Estados Unidos – lá a Inclusão LGBT eclesiástica é bem mais relevante). Como bom exemplo, cito o polêmico pastor Silas Malafaia, que há pouco tempo fundou sua própria denominação ligada às Assembléias de Deus do Brasil, a Igreja Vitória em Cristo (diga-se de passagem, uma denominação que teve um crescimento inacreditável em apenas alguns meses de organização). O referido pastor é bem conhecido do público LGBTT brasileiro por sua maneira rude, agressiva e discriminatória contra a Comunidade LGBTT. Seu posicionamento é tão agressivo que em uma participação na Câmara dos Deputados Federais sobre o tema, o pastor “Pit Bull” passou dos limites e despertou a atenção do Ministério Público por Discriminação e uma provável Incitação ao Ódio de Minorias (o que ainda aguarda todos os procedimentos legais).
No Brasil, acredito que essa questão ainda esteja muito distante de qualquer “acordo”, pois a igreja brasileira é bem intolerante quanto ao tema. Mas, acho que os LGBTs brasileiros não devem se sentir refém de sua sexualidade ou contrários à “vontade de Deus”, pois se somos como somos, e se de fato existe um Deus, Ele nos conhece como somos e certamente nos criou assim, logo nos ama como nos fez.

SC - Assim como os personagens de Proibido Amor, você também foi criado em uma família protestante. Há algo de autobiográfico nesta história que possa ser revelado aos leitores?

O livro

A obra é fictícia, porém, encontra paralelos em minha vida pessoal e na de diversas pessoas que conheci. Vivi sim um romance proibido dentro da igreja, quando tinha 16 anos. Namorei escondido o sobrinho do meu pastor por dois anos. foi algo incrível e intenso, mas ele se demonstrou bissexual e atualmente é casado e vive bem com sua esposa e filhos. Eu me identifiquei como homossexual mesmo, pois não curto mulheres (para me relacionar sexualmente). Quero deixar bem claro aqui minha total admiração e respeito por todas as mulheres. Sou filho, neto duas vezes, sobrinho muitas, irmão duas, e trabalho na área da beleza, logo, com mulheres (risos). Na minha vida tenho o exemplo de muitas mulheres maravilhosas, mas sou gay e sou feliz assim.
Minha história com o casamento foi totalmente relacionada com a minha necessidade de uma pseudo-libertação (o que na época era minha verdade fundamental). Respeito muito a mãe de meu filho e sou muito grato ao Criador da Vida por ter me presenteado com meu filho. Mas minha história pessoal não foi exatamente como a de Allan e Tony, embora algumas nuances sejam muito parecidas.

SC - Na sua obra, a descoberta da sexualidade entre dois rapazes de famílias protestantes gera uma série de conflitos. A ligação da homossexualidade com o pecado ainda é muito forte na educação protestante? Como os jovens gays que você conhece e que frequentam estas igrejas lidam com a situação?

Kiko, esse ponto é muito complexo sim. Para a Igreja a homossexualidade é pecado e é uma abominação. Eles criticam abertamente o que chamam de “comportamento homossexual”, e utilizam a Bíblia para defender seus pontos de vista e criam, assim, uma mentalidade de plenos sofrimentos em um sem número de pessoas. Conheci e conheço muitas pessoas literalmente no armário dentro de diversas denominações. Mas as relações eclesiásticas são singulares, comparadas à outras vertentes religiosas, aproximando-se muito do contexto das famílias judaicas, islamicas ou hindus. A Igreja é uma comunidade de pessoas ligadas entre si por uma afinidade comum: o desejo de ir para um lugar eterno, chamado Céu e o medo de ir para outro local antagônico ao primeiro, o Inferno. Deus e o diabo seriam inimigos cósmicos e o povo está no meio dessa guerra espiritual. Como o diabo não pode tocar em Deus, segundo sua crença, ele toca nos “filhos de Deus”. O pior é que Deus, sabendo de tudo isso, permite que assim aconteça, pois Ele teria seus objetivos nisso tudo.
No fim das contas, o que sobra é um sem número de pessoas vivendo uma inverdade. Tem muita gente deixando de viver sua vida, seus desejos e sua sexualidade plena por acreditar piamente nessas coisas. Ano passado fui morar por uma temporada nos Estados Unidos e convivi com muita gente dentro desse contexto. Tenho um amigo de longa data que é filho de um Pastor Batista que é meu amigo pessoal. Quando o filho se assumiu gay (eles moravam em Nova Iorque na época), as relações familiares despencaram num ponto bem mais crítico que o relatado no meu livro.
Mais uma vez quero defender minha atual posição quanto a Fé: creia no que quiser, ou até recrie sua fé. Crie algo novo para você. Faça o que for necessário para ser feliz com o máximo de responsabilidade com você mesmo e com seu semelhante, pois de todas as esperanças religiosas que possamos ter, só temos uma certeza: vivemos hoje, aqui e agora.

SC- No livro há uma clara crítica ao comportamento dos líderes religiosos, principalmente, no que diz respeito às suas vidas particulares, à riqueza acumulada pelo dízimo e até casos extra-conjugais. Qual foi seu objetivo ao abordar tais temas?

Vou responder a essa pergunta da maneira mais simples possível.
O exemplo de um líder apresentado por Jesus na Bíblia é de alguém simples. De alguém que dá exemplos de humildade e doação. De alguém que não deve acumular riquezas e bens. De alguém que precisa estar disponível para suas “ovelhas”, seguidores, discípulos, enfim, para os seus. Um líder, segundo Jesus, dá a própria vida pelas pessoas que estão sob seus cuidados. Te convido agora a olhar para os líderes evangélicos e católicos da atualidade. O Papa nem preciso comentar… francamente. Veja o que é o Vaticano… Já os pastores, vejamos: Bispo Edir Macedo, Bispo Marcelo Crivela, Bispa Sônia Hernandes e seu esposo Estevan, Pastor Silas Malafaia, Missionário RR Soares, e uma lista infinita de milionários da fé. Eu os chamo de “Os Cafetões da Fé” em dois de meus vídeos no meu canal no YouTube.
Kiko, minha maior vontade é que o Senado e a Câmara criem uma lei na qual as instituições filantrópicas (modalidade na qual se enquadram as Igrejas) sejam obrigadas a apresentar um balanço de todas as suas entradas e saídas. Ainda que continuem sem a obrigação de pagar impostos, apenas declarar seu balanço financeiro. Isso já bastaria para uma verdadeira revolução no meio eclesiástico nacional.

SC- Sua saída do armário foi dolorosa? Conte-nos um pouco sobre este processo.

O processo foi menos doloroso na prática do que eu criei na minha mente. Achava que meus pais me rejeitariam, que meus amigos se afastariam, que Deus me odiaria… Levei 27 anos para abrir a boca e falar tudo. Na hora teve choro, abraços ao invés de tapas, “eu te amo” no lugar do ódio, coisas assim. Meu maior algoz era minha própria convicção religiosa. O que mais doeu foi o sofrimento da minha ex-esposa. Ela sofreu muito e eu carreguei essa culpa por muito tempo. Mas conseguimos manter uma relação relativamente amigável hoje em dia. Hoje vivo em harmonia com minha família. Todos sabem e ainda brincamos muito com tudo isso. Somos descendentes de portugueses, então a família é bem grande e extrovertida. Em muitas festas de família o assunto vira piada e todos rimos muito. Não sofro discriminação ou rejeição por ninguém da minha família. Mas conheço alguns casos bem diferentes.

SC - Para finalizar, deixe um recado para os jovens gays cristãos que vivem em conflito por causa de suas religiões.

Certa vez assisti a uma entrevista da Rogéria, que admiro muito, na qual ela dizia o seguinte: se você é gay e quer se assumir, então, estude mais que todos os seus amigos, tenha a melhor formação acadêmica que qualquer um deles, trabalhe na empresa que todos eles já sonharam em trabalhar um dia, vista-se com a maior elegância que você puder, compre o melhor carro do bairro e tenha a melhor casa. Nossos valores são lindos e devem ser levados a sério, mas numa sociedade capitalista de merda que vivemos o ser humano vale pelo que apresenta. Segundo Rogéria nessa entrevista, um viado pobre é apenas uma bicha, mas um homossexual assumido bem sucedido é respeitado, nem que seja pela inveja dos que gostariam de discriminá-lo, mas não podem porque ele (ou ela) é possuidor de uma posição social melhor e superior.
Adoro a Rogéria e concordo plenamente com ela. Não acho isso fútil, acho isso prático. Mas ainda vou além… E me prendo muito na questão cultural. Estudem muito tudo o que puderem sobre sua fé. Observem a Natureza ao seu redor. Pensem no Universo. Qual a religião das estrelas, planetas, plantas, animais, minerais…? Qual a rosa que vai pro céu e qual vai pro inferno? A branca, a vermelha, a amarela…? Pense na pluralidade existente em todo o Universo. Tudo é plural. Quantos tipos de solos? De rochas? De aves? Somos humanos e estamos dentro desta pluralidade universal. Nossa sexualidade não seria diferente.
Sexualidade humana não é um assunto para ser tratado religiosamente. As religiões são fantásticas em sua antropologia, sua riqueza cultural, história. Mas não podem responder a todas as necessidades do homem do século XXI. A Bíblia é um belo livro, mas não pode ser aplicado em sua totalidade em nossa sociedade atual. Há atitudes consideradas criminosas nos textos bíblicos, como assassinatos, bigamia, poligamia, torturas, violência, incesto, enfim, vivemos em 2011 depois de Cristo. Os tempos de Abraão, Moisés, David, enfim, os tempos bíblicos estão por demais passados para vivermos hoje de acordo com os ditames daquela época.
Viva sua vida, sua diferença, sua sexualidade. Busque sua independência e seja responsável consigo mesmo. Proteja-se da AIDS, das hepatites, das DSTs em geral, previna-se da homofobia, das brigas, violência. Suas esperanças podem ser lindas e motivadoras, mas sua realidade é única, aqui e agora.

Por um Brasil Inclusivo e uma Nação mais justa, Davy Rodrigues

quarta-feira, 27 de julho de 2011

PRISÃO DO CORAÇÃO, por Davy Rodrigues


O termo PRISÃO vem do Latim Vulgar PRENSIONE, e significa literalmente o ato de prender ou capturar alguém.

Além de todas as formas convencionais de prisão que conhecemos (como os sistemas carcerários), existe uma modalidade de prisão que pode ser um lugar dos mais difíceis de um dia conseguir a liberdade de volta, o próprio Coração Humano. E lá só há um carcereiro capaz de nos mater presos, nosso próprio Subcosnciente. O ódio, a raiva, o rancor, as amarguras... sentimentos que aparecem de modo sutil, mas que ao longo dos anos pode nos encarcerar dentro de nós mesmos de modo a estarmos vivendo como prisioneiros, mesmo que caminhando com a aparência de liberdade.

Ame. Releve. Perdoe.

Viva em LIBERDADE!!!


Por um Brasil Inclusivo e uma Nação mais justa, Davy Rodrigues

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Tempo...



"É o jeito que a natureza deu para não deixar que tudo acontecesse de uma vez só." (John Wheeler)

"Uma ilusão. A distinção entre passado, presente e futuro não passa de uma firme e persistente ilusão." (Albert Einstein)

"Cada segundo que passa é um milagre que jamais se repete." (Antiga frase dita pela Rádio Relógio do Rio de Janeiro).

No pensamento da Índia, assim como no de outras civilizações antigas, a ideia do tempo linear não existe. Ou existe, mas de outra maneira muito diferente: o tempo é cíclico, e se repete incessantemente. O que está acontecendo agora, já aconteceu antes. O que ainda virá, já aconteceu também no passado.

Na Bíblia Sagrada, em Romanos 5
E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência, e a paciência a experiência, e a experiência a esperança. E a esperança não traz confusão...

O Tempo não nos envelhece apenas... nos faz crescer...
Aproveite muito bem o seu TEMPO!
Por um Brasil Inclusivo e uma Nação mais justa, Davy Rodrigues

sexta-feira, 22 de julho de 2011

SILAS MALAFAIA, ESSE HOMEM NÃO É DE DEUS!

Davy Rodrigues demonstra toda sua revolta e indignação contra líderes religiosos, como o pastor Silas Malafaia, que utilizam a Bíblia Sagrada para promover o ódio e a violência, ao invéz de pregar a paz e o amor.



Por um Brasil Inclusivo e uma Nação mais justa, Davy Rodrigues

terça-feira, 5 de julho de 2011

segunda-feira, 27 de junho de 2011

LIVRO: EM BUSCA DE MIM MESMO - AUTOR: SÉRGIO VIULA

Meus amigos, eu SUPER indico a leitura dessa obra.
O autor, Sérgio Viula, além de um amigo pessoal, é um ser humano ímpar e de capacidade inigualável quando o assunto é Teologia, Antropologia, História, enfim, vale muito à pena ler essa obra cheia de riquezas de detallhes e que nos faz refletir muito sobre Valores e Crendices!!! 


Parabéns ao amigo Sérgio Viula!
PARA ADQUIRIR A OBRA DELE ACESSEM: http://www.foradoarmario.net/

MUITO BOM OUVIR ESSA MENSAGEM DO GOVERNADOR GERALDO ALCKMIN PSDB/SP

Mensagem do Governador Geraldo Alckmin
para o Diversidade Tucana



Por um Brasil Inclusivo e uma Nação mais justa, Davy Rodrigues

terça-feira, 21 de junho de 2011

Família de Alexandre Ivo realiza missa de um ano de sua morte; caso segue sem solução - FONTE: SITE A CAPA


A família de Alexandre Ivo, 14, que foi vítima de crime homofóbico há um ano, vai realizar nesta noite uma missa em São Gonçalo (RJ) pelo seu falecimento. O ato será realizado na Igreja Matriz de São Gonçalo do Amarante, que fica no bairro do Zé Garoto, a partir das 19h.
O crimeEm junho do ano passado, Alexandre Ivo, 14, foi sequestrado por um grupo de jovens enquanto esperava o ônibus. O jovem foi espancado, torturado e asfixiado até a morte, segundo laudo do Instituto Médico Legal (IML). Hoje, as autoridades acreditam na hipótese de assassinato motivado por homofobia.

Alexandre havia saído no domingo para assistir ao jogo do Brasil na casa de um amigo, onde ele e os colegas se envolveram em uma briga. A vítima e seus amigos deram queixa na delegacia e depois voltaram para a festa. Às 2h30, Alexandre resolveu voltar para a casa. Enquanto esperava o ônibus, o garoto foi sequestrado, assassinado e seu corpo jogado em um terreno baldio.

Os suspeitos pelo crime são: Eric Boa Hora Bedruim, Alan Siqueira Freitas e André Luiz Cruz Souza, todos os rapazes com 23 anos de idade. Os três suspeitos estão sendo acusados de praticar homicídio duplamente qualificado por motivo torpe. Eles aguardam o julgamento em liberdade.

Em recente entrevista ao site A Capa, a mãe de Alexandre
declarou que o seu filho ainda "é tratado como réu" e que a todo momento querem "desqualificá-lo", para dar a entender que a conduta de vida dele o levou ao crime. Os amigos de Alexandre também denunciaram e disseram que hoje são "reféns da impunidade", e que a rotina de todos foi alterada depois do assassinato de Alexandre, visto que os acusados circulam tranquilamente pela cidade.

O caso ainda segue sem solução, porém, a cada nova audiência as autoridades envolvidas acreditam se tratar de homofobia.
O próprio Ministério Público do Rio de Janeiro já declarou acreditar na tese de crime homofóbico e acredita que o julgamento final deve ir a júri popular.

Além de lidar com a morosidade da Justiça, a família de Alexandre Ivo também denunciou uma
campanha difamatória contra a vítima em blogs conservadores na internet. Para se ter uma ideia, foi levantada a hipótese de que os próprios amigos de Alexandre seriam os responsáveis pelo crime, pois, durante a festa, teria ocorrido um desentendimento do grupo com o garoto. A tese já foi recusada pelo tribunal de São Gonçalo.

Por um Brasil Inclusivo e uma Nação mais justa, Davy Rodrigues

sábado, 28 de maio de 2011

DIREITOS HUMANOS


"A cidadania é o direito a ter direitos, pois a igualdade em dignidade e direitos dos seres humanos não é um dado. É um construído da convivência coletiva, que requer o acesso ao espaço público. É este acesso ao espaço público que permite a construção de um mundo comum através do processo de asserção dos direitos humanos." (Hannah Arendt)


Por um Brasil Inclusivo e uma Nação mais justa, Davy Rodrigues

segunda-feira, 9 de maio de 2011

O CAOS DA MENTE HUMANA



Apesar da aprovação do Projeto de Lei 3773/08 que criminaliza a Pedofilia na Iternet, no Brasil do Séc. XXI ainda não há uma Lei ESPECÍFICA que criminalize a prática da Pedofilia, sendo essa enquadrada como "Estupro de Vulneráveis" e como crime hediondo (Art 217-A do Cód. Penal).


Nesse vídeo comento sobre o CAOS DA MENTE HUMANA!

Por um Brasil Inclusivo e uma Nação mais justa, Davy Rodrigues

sábado, 7 de maio de 2011

Perguntas e respostas sobre a decisão do Supremo para a união estável gay - FONTE: NOTÍCIAS UOL


Os dez ministros presentes no julgamento do STF (Supremo Tribunal Federal) na quinta-feira (5) entenderam que casais gays devem desfrutar de direitos semelhantes aos de pares heterossexuais, como pensões, aposentadorias e inclusão em planos de saúde. Os homossexuais que tentarem a adoção devem acabar apelando à Justiça. Conheça as perguntas e as respostas mais frequentes após a histórica decisão da mais alta corte do país.
  • 1 - O que é uma união estável?

    Para uma união ser considerada estável, de acordo com a Constituição, são necessárias quatro condições: que seja duradoura, pública, contínua e que tenha objetivo de constituir família. As uniões estáveis levam ao reconhecimento de todo casal heterossexual como "entidade familiar". Essa interpretação agora se estende a casais gays. No texto constitucional, a definição é a que segue: "Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento"
  • 2 - Por que a união estável foi estendida aos homossexuais?

    Os ministros entenderam de duas maneiras distintas. Uma delas indica que os deputados constituintes contemplam a possibilidade na Carta Magna por meio de um "silêncio eloquente". Eles acreditam que os parlamentares evitaram tratar de uniões estáveis de pessoas do mesmo sexo para evitar restrições textuais aos gays, o que contrariaria os princípios da igualdade e da dignidade. Outra interpretação diz que os homossexuais formam uniões não contempladas pela legislação vigente, mas devem ser preservados da insegurança jurídica. Por isso, devem ser ligados a organizações familiares até que o Congresso legisle sobre o tema.
  • 3 - A união estável garante quais direitos?

    Pensão alimentícia no caso de separação, inclusão em plano de saúde, declaração conjunta de Imposto de Renda, herança, separação de bens no caso de fim da união, compartilhamento da guarda de filhos e facilidades para transformar a união estável em casamento -- com possibilidade de posterior transferência de sobrenome. Mas o próprio relator dos casos no Supremo, ministro Carlos Ayres Britto, admitiu que a decisão trará consequências imprevisíveis, incluindo medidas polêmicas como adoção de crianças por casais gays e tentativas de fertilização in vitro.
  • 4 - Qual é a diferença entre união estável e casamento civil?

    A união estável se define pela convivência estabelecida com o objetivo de constituir família -- independentemente do tempo da relação. O casamento civil abre mais possibilidades, como a escolha do regime de bens e a mudança de nome. A união estável não exige uma cerimônia, enquanto o casamento civil pede a participação de duas testemunhas e de um juiz de paz. A união estável é concluída assim que registrada no cartório, e o casamento civil pede prazo de pelo menos 16 dias para retirada da certidão -- o matrimônio começa a valer a partir dessa data de recebimento.
  • 5 - Decisões desse tipo já tinham sido tomadas antes no Brasil e em outros países?

    Sim. Antes de relatar os casos, o ministro Ayres Britto pediu um levantamento nos Estados para saber se a união estável de homossexuais já era reconhecida apesar da falta de um pronunciamento da maior corte do país. Ele detectou que decisões nesse sentido já tinham sido tomadas em tribunais de dez unidades federativas: Acre, Alagoas, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Piauí, Rio Grande do Sul e São Paulo. Essas decisões, de primeira ou segunda instâncias, pesaram a favor do movimento gay no julgamento no STF. Os juízes desses tribunais autorizaram não apenas as uniões civis homossexuais, mas também pleitos de pensão e herança. Além disso, mais de 20 países de todo o mundo reconheceram a união estável de pessoas do mesmo sexo antes do Brasil, incluindo o Uruguai. Outros, como a Argentina e várias partes dos Estados Unidos, já permitem casamentos gays.
  • 6 - Casais homossexuais sem filhos podem ser chamados de família?

    Sim. A decisão do Supremo de reconhecer a possibilidade de união estável também para pessoas do mesmo sexo coloca esses casais em uma das três formas explícitas pela Constituição sobre organização familiar. As outras duas são o casamento civil e a família monoparental, com um dos pais e os filhos. Há ministros do STF que acreditam que a união homoafetiva deva ser definida pelo Poder Legislativo como outra forma de organização familiar.                                                        
  

  • 7 - A partir de quando vale a decisão do Supremo?

    O registro de uniões estáveis homossexuais em cartório deve valer a partir da segunda semana de maio. A Associação de Notários e Registradores (Anoreg) decidiu que a decisão do Supremo só vale depois da definição de diretrizes e normatização do novo modelo de cadastro. Adversários da iniciativa também aguardam a divulgação do acórdão -- o resumo da decisão do Supremo -- para tentar atrasar ou inviabilizar a efetivação plena da resolução da corte.


  • 8 - Por que o Supremo decidiu sobre o assunto, e não o Congresso?

    A corte foi procurada para analisar dois pedidos: um deles do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), para que funcionários públicos homossexuais estendam benefícios a seus parceiros, e o outro da Procuradoria-Geral da República (PGR), para admitir casais gays como "entidade familiar". De acordo com as iniciativas, o direito dos homossexuais à união estável já estava de alguma forma contemplado pela Constituição. "Tudo que não está juridicamente proibido, está juridicamente permitido", disse o relator Ayres Britto. Nos últimos anos, o Congresso teve projetos de lei sobre o assunto para serem votados, mas não os colocou em pauta por razões políticas.

  • 9 - A decisão do STF basta para que os casais homossexuais tenham os mesmos direitos dos heterossexuais?

    Não. A decisão viabiliza a união estável, mas benefícios mais polêmicos, como a adoção, devem acabar chegando à Justiça. A transformação da união estável em casamento civil, também. Ministros do Supremo e lideranças do movimento gay acreditam que os juízes de primeira instância, que receberão a maioria dos processos desse tipo, vão definir os limites da aplicabilidade no dia a dia e que apenas seguirão a decisão da corte integralmente no que diz respeito à união estável e suas consequências mais definidas. No caso dos registros em cartório, eventuais pedidos recusados podem ser imediatamente levados à Justiça, que remeterá à decisão do Supremo para consolidar a união estável de pessoas do mesmo sexo.


  • 10 - Qual é o papel do Congresso daqui para a frente nesta questão?

    Os parlamentares serão levados a discutir detalhes da concessão ou não de direitos aos homossexuais após a decisão unânime do Supremo. Já há uma proposta de emenda constitucional (PEC) pedindo a adoção do casamento civil de pessoas do mesmo sexo no Brasil. Depois da histórica decisão, os ministros do Supremo convocaram o Congresso a legislar sobre o tema, e não deixar que apenas a corte se pronuncie em eventuais ações.

Por um Brasil Inclusivo e uma Nação mais justa, Davy Rodrigues

sexta-feira, 6 de maio de 2011

O Elemento AMOR, por Davy Rodrigues


Há muito tempo há 4 elementos conhecidos e difundidos, a saber: água, ar, fogo e terra.



Também é sabido que há muito estuda-se um 5º elemento.


Em muitas culturas e épocas diferentes esse elemento tem sido objeto de especulações e desejo... para os gregos era chamado de A Quinta Essência ou Quintessencia... para um sem número de estudiosos esse quinto elemento poderia ser o Éter... uma substância com uma certa densidade capaz de criar uma realidade paralela, um mundo paralelo ao nosso mundo temporal. Uma espécie de "lugar" onde, talvez, os espíritos estivessem.


Esse quinto elemento seria algo intangível, invisível aos olhos humanos (pelo menos até nossos dias), quase imperceptível... essa Quintessencia poderia ser algo capaz de mover o Ser para coisas mais altruístas, mais sensíveis na existência no Cosmos.

Há um texto antigo (e bíblico) que diz:


"Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria. O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha..."

Algo capaz de mover-nos na direção de uma atitude mais humana, mais altruísta... penso que só pode ser o AMOR.


Muitas vezes perdemos muito tempo em discuções tolas e que nenhum fruto produzem e esquecemo-nos de buscar o auto-encontro com nossa Quitessencia, nosso 5º Elemento, o Amor.


Não importa sua cor, seu sexo ou sexualidade, sua religião, cultura ou família, seu nível escolar ou o quanto você tem em sua carteira ou conta bancária. Não importa seu partido político, sua ideologia, sua causa. Se em tudo o que fizeres não tiver amor de nada valerá.


Ame tudo o que fizeres. Ame tua vida. Ame a vida ao teu lado.


O amor pode e suporta tudo!



Por um Brasil Inclusivo e uma Nação mais justa, Davy Rodrigues

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Agradecimento ao Ministro Ayres Britto e ao STF

Davy Rodrigues agradece em seu nome e em nome dos LGBTTs brasileiros e mundiais ao Ministro Carlos Ayres Britto, que atuou como relator no julgamento da União Homoafetiva no Brasil, e a todos os demais Ministros que tão brilhantemente argumentaram a favor dos Direitos Humanos, Civis e Constitucionais nesses dois dias (04 e 05 de Maio de 2011) no STF em Brasília.


Por um Brasil Inclusivo e uma Nação mais justa, Davy Rodrigues

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Um novo Brasil na pessoa do Ministro Ayres Britto

Bem, pra quem assistiu a primeira parte do julgamento sobre União Homoafetiva, realizado nesta última quarta-feira 04 de Maio no STF em Brasília, a participação do Ministro e Vice-Presidente do STF Ayres Britto foi simplesmente arrebatadora. O discurso (que na verdade parecia mais uma aula de humanidade) foi incontestável e amado por todos os presentes, que expressavam em sua tez uma verdadeira admiração por esse incrível brasileiro.

Para quem ainda não teve a oportunidade de conhecer um pouco da biografia desse Jurista maravilhoso, segue um pouco de sua notável história. Que o Brasil consiga enxergar com seus admiráveis olhos essa tão rica pluralidade humana.


Carlos Augusto Ayres de Freitas Britto



CARLOS AUGUSTO AYRES DE FREITAS BRITTO nasceu em 18 de novembro de 1942, na cidade de Propriá, Estado de Sergipe, filho de João Fernandes de Britto e D. Dalva Ayres de Freitas Britto. É casado com D. Rita de Cássia Pinheiro Reis de Britto e tem cinco filhos: Marcel de Castro Britto, Adriana de Castro Britto, Adriele Pinheiro Reis Ayres de Britto, Tainan Pinheiro Reis Ayres de Britto e Nara Pinheiro Reis Ayres de Britto.


Ingressou na Faculdade de Direito da Universidade Federal de Sergipe em 1962, obtendo o diploma de Bacharel em 1966. A partir de 1967, passou a militar na advocacia.


Realizou os cursos de pós-graduação em Aperfeiçoamento em Direito Público e Privado pela Faculdade de Direito de Sergipe (1974/1975); de Mestrado em Direito do Estado (1981/1982) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUCSP, e de Doutorado em Direito Constitucional (1998) por essa mesma Universidade.


Em Sergipe exerceu os cargos de Consultor-Geral do Estado, de 15-3-1975 a 15-3-1979; de Procurador- Geral de Justiça, de 15-3-1983 a 27-4-1984; de Procurador do Tribunal de Contas, de 1978 a 1990; e de Chefe do Departamento Jurídico do Conselho de Desenvolvimento Econômico do Estado - CONDESE, de 1970 a 1978.


Foi nomeado Ministro do Supremo Tribunal Federal pelo Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, por decreto de 5 de junho de 2003, na vaga decorrente da aposentadoria do Ministro Ilmar Galvão, havendo tomado posse em 25 do mesmo mês.

Dedicando-se ao magistério superior, foi Professor de Direito Constitucional da Faculdade Tiradentes, em Aracaju, de 1980 a 1983; Professor de Direito Constitucional da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Sergipe - UFS, de 1973 a 1976 e de 1990 em diante; Professor de Direito Administrativo da mesma Faculdade, de 1976 a 1983; Professor de Direito Constitucional, como Assistente do Professor Michel Temer, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUCSP, em 1981; Professor de Teoria do Estado, de 1993 a 1999, e de Ética Geral e Profissional, em 2000 e 2001, na Faculdade de Direito da Universidade Federal de Sergipe.

No âmbito de pós-graduação, foi Professor de Direito Constitucional do Núcleo de Pós-Graduação do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Federal de Sergipe, de 1993 a 2000; de cursos de mestrado da Universidade Federal do Ceará, em convênio com a Universidade Federal de Sergipe, em 1999; de cursos de especialização da Universidade Federal de Santa Catarina, em convênio com a Ordem dos Advogados do Brasil-Secção de Sergipe; de cursos de especialização da Universidade de Salvador- UNIFACS, a partir de 1999; da Escola Superior de Magistratura do Estado de Sergipe - ESMESE; da Escola Superior de Advocacia de Sergipe - ESA e da Fundação de Estudos Superiores do Ministério Público de Mato Grosso.

Participou de bancas de mestrado nas Faculdades de Direito das Universidades Federais do Paraná (2002), da Bahia (1999), de Sergipe (2001/2002/2006), do Ceará (2001/2002), essa em convênio com a Universidade Federal de Sergipe, da Universidade Gama Filho (2004), no Rio de Janeiro, e da Universidade Católica de Brasília (2006).


Integrou o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB, de 1993 a 1994, sendo membro da Comissão de Constituição e Justiça do órgão nos períodos de 1995/1996 e 1998/1999. Presidiu o Instituto Sergipano de Estudos da Constituição - ISEC a partir de janeiro de 2002, sendo Vice-Presidente da Associação Brasileira de Constitucionalistas Democratas - ABDC e do Instituto Brasileiro de Direito Administrativo - IBDA, em 1997/1998.


Por um Brasil Inclusivo e uma Nação mais justa, Davy Rodrigues

sábado, 30 de abril de 2011

Não... não posso me calar diante dessa gente!


Gente que tem nojo de gente, que magoa gente, que maltrata gente... que mata gente.
Gente que não gosta da cor da gente, do estilo da gente, do jeito da gente.
Gente que se acha mais gente que a gente.

Gente que não gosta do jeito que a gente crê.
Gente que não aceita a fé da gente.
Gente que acha que Deus é mais deles que da gente.

Gente que é monocromática.
Gente que é pálida de sentimentos.
Gente que é plural mas não gosta da pluralidade da gente.

Não posso me calar... diante dessa gente.
Não posso admitir gente que odeia gente.
Não posso viver se essa gente quer me tirar a vida.

Não... não tem graça esse Mundo sem gente.
Gente que semeia gente.
Gente que ama gente.

Não... não está tudo perdido pra gente.
Ainda tem gente que pensa como a gente.
Ainda tem gente.

Por um Brasil Inclusivo e uma Nação mais justa, Davy Rodrigues